Imaginemos:
um castelo
e uma igreja lindíssima com pessoas lá dentro;
e o cante dos homens.
estes homens têm um andar arrastado
de quem traz preso aos tornozelos
todas as terras e todas as histórias deste sul.
na voz há a força das planícies
e a lonjura das searas
cantam
o Alentejo
o Amor
o Trabalho
assim como uma espécie de oração
frente ao altar
Senhora d’Anunciação
Vai um dia visitar
Faz uma romaria
Visita a Senhora d’Aires (...)
Imaginemos agora os livros
com muitos poetas lá dentro
e os poemas
que se querem ditos
que se querem cantados
e assim construímos e desconstruímos a poesia em mais uma sessão desta Nova Antologia de Poetas Alentejanos, no passado dia 27, em Viana do Alentejo.
Para além dos agradecimentos devidos à autarquia local, não podemos deixar de referir um agradecimento especial à nossa amiga Rosa Barros, pelo empenho, pela recepção, por tudo!
À Diana Regal (oficina do feltro), uma palavra especial pelo excelente acolhimento.
Por fim, direi que, "se o meu sangue não me engana", eu hei-de voltar a Viana, a do Alentejo, para dizer poemas uma tarde inteira naquela igreja.
(Teresa Cuco)
Sem comentários:
Enviar um comentário